A palavra sindicato tem origem na expressão francesa syndic e significa “representante de uma determinada comunidade”. A melhor definição de sindicato, entretanto, é de autoria dos sociólogos e ativistas sociais ingleses Beatrice e Sidney Webb: “união estável de trabalhadores e trabalhadoras para a defesa de seus interesses e implementação da melhoria de condições de vida”.
Trata-se de um conceito preciso, que expressa as principais dimensões do sindicato, porque: a) põe em relevo o caráter de permanência, ao mencionar a “união estável”; b) destaca o sentido de classe, quando se refere a “trabalhadores e trabalhadoras”; c) enfatiza a ideia de resistência, ao falar da “defesa de seus interesses”; d) expressa ação, traduzida pela palavra “implementação” e, finalmente, e) aborda o aspecto social, ao tratar da “melhoria das condições de vida”.
Essa forma de organização dos trabalhadores, que pressupõe união, solidariedade e consciência de classe, faz parte das conquistas do processo civilizatório. O trabalhador adere ou se filia a ela de modo individual e voluntário, portanto, consciente, com o objetivo de somar esforços na defesa e promoção de seus interesses sociais, econômicos, políticos, culturais e profissionais. É relevante pensar nessa pauta ampla, de caráter de classe, associada aos sindicatos, superando em muito a visão restritiva à categoria profissional e à pauta econômica.
É a instituição que, legal e legitimamente, faz a articulação e os enfrentamentos na defesa e proteção dos direitos e interesses da classe trabalhadora.
Fonte: Para que serve e o que faz o movimento sindical – Esta publicação faz parte da série Educação Política do DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, setembro de 2013